O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do promotor de Justiça da 7ª Vara Criminal, Evilázio Alexandre, requereu nesta terça-feira (19), no Fórum Clóvis Beviláqua, a condenação de Rafael Gomes da Silva, Antônio Anderson Pereira, vulgo “bigô”, Antônio Romário Sousa dos Reis e Yuri Nogueira Correia. Os quatro são acusados dos crimes de latrocínio, que levou à morte o inspetor de Polícia Civil Tonny Ítalo Lima Pinheiro, formação de quadrilha e corrupção de menor.
Na peça, o promotor de Justiça afirmou que, após avaliar a conduta fática praticada pelos acusados e diante das provas, requer a condenação de todos, pois, apesar de negarem a autoria, esta tese é desesperada e frágil e, por isso, incabível e inaceitável até porque não apresentaram nenhuma prova apta e idônea do que alegam ao processo. “É uma versão solteira, isolada nos autos, que não merece credibilidade alguma”, declara.
“A autoria e materialidade do crime resultou amplamente comprovadas, ante o auto de exame cadavérico da vítima, a prisão em flagrante de parte dos acusados com a respectiva confissão na fase inquisitiva, a confissão do adolescente na DCA, perante o Ministério Público e o Juízo da Criança e do Adolescente e a reprodução simulada do crime, tudo corroborado pelos depoimentos firmes e coerentes das testemunhas arroladas”, ressalta o promotor Evilázio Alexandre.
Ele destacou ainda que, além da perda sofrida por familiares e amigos do inspetor, “prejuízo maior teve a sociedade, pois a vítima, Tonny Ítalo, com sua inteligência, seriedade, competência, dedicação e profissionalismo, conforme noticiado na imprensa local por ocasião de seu falecimento, em muito tinha a colaborar para a transformação desta sociedade egoísta, perversa e violenta, numa sociedade de paz, mais justa e solidária”.
Tonny Ítalo morreu depois de ser atingido no peito em uma tentativa de assalto ocorrida no dia 24 de janeiro de 2015. Com 28 anos de idade, o jovem inspetor faleceu quatro dias depois, em 28 de janeiro, no Instituto Doutor José Frota.