A sexta-feita foi de homenagem no Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Quase 50 pessoas que trabalham com mediação comunitária estiveram presentes no plenário dos Órgãos Colegiados, sede da Procuradoria Geral de Justiça, para acompanhar a transmissão de cargo do Núcleo de Mediação no Âmbito das Promotorias de Justiça do Estado do Ceará. Deixou a função o promotor de Justiça Francisco Edson de Sousa Landim, assumindo a promotora de Justiça Iertes Meyre Gondim Pinheiro. Na ocasião, Edson Landim recebeu uma placa em homenagem aos 15 anos dedicados à mediação comunitária.

A nova gestão do Núcleo de Mediação terá como coordenador adjunto o promotor de Justiça Edvando Elias de França e como gerente de Projetos o promotor Saulo Moreira Neto. O evento contou com as presenças do procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, do presidente da Associação Cearense do Ministério Público, Lucas Felipe Azevedo, do secretário de Assuntos Institucionais da PGJ, João de Deus Duarte, da procuradora de Justiça Elsuérdia Silva de Andrade e da promotora de Justiça Antônia Lima.

O procurador-geral de Justiça destacou a importância dos núcleos de mediação, citando o exemplo dos Estados Unidos, país onde quase 90% das questões são resolvidas extrajudicialmente, através de métodos alternativos de solução de conflitos. “Não tenham dúvida que esse é o caminho de qualquer país que queira se dizer civilizado”, afirmou Plácido Rios, destacando os investimentos que serão feitos para reestruturar os núcleos de mediação comunitária, dentro do Pacto por um Ceará Pacífico.

A coordenadora do Núcleo de Mediação agradeceu os aprendizados recebidos pelo “professor Landim”, afirmando que ele não deixará a função, apenas está dando oportunidade para novos promotores, servidores e voluntários aprenderem, certos de que em breve ele reassumirá a função. Iertes Gondim lembrou que a mediação está no preâmbulo da Constituição Federal quando cita “solução pacífica das controvérsias” e pediu apoio dos presentes para a nova missão. Os novos coordenadores também foram homenageados, recebendo mudas de cactos como símbolo da dificuldade, beleza e força dessa missão.

Duas das mediadoras comunitárias mais antigas no projeto – Maria DAlva, do Pirambu, e Pedrina Marta, da Parangaba – fizeram a entrega da placa ao promotor de Justiça Edson Landim. Bastante emocionado, ele agradeceu a homenagem, lembrou de todas as dificuldades que a equipe passou, citou o pioneirismo do programa do MPCE, e afirmou que continuará atuando como mediador no âmbito da Justiça. “Na promotoria que hoje eu trabalho nós temos pouco mais de 700 processos e não é porque sou o melhor promotor, mas é porque lá todos falam em mediação, em conciliação judicial. Vou trabalhar firmemente e espero que a gente encontre no Judiciário o mesmo perfil que encontrei nas comunidades”, declarou.